A população da província do Uíje conta, desde segunda-feira, com cinco autocarros, que vão garantir as deslocações intermunicipais.
Numa primeira fase, os referidos autocarros, com 40 a 45 lugares, vão efectuar as rotas Uíje/Negage/Quitexe/Songo/ Sanza Pombo.
O projecto, da responsabilidade da "Cruzada J.M Lda", empresa que realiza actividades de transporte público, há mais de cinco anos, visa facilitar a livre circulação de pessoas e bens.
Na província do Uíje, o projecto, que já deu emprego a vinte jovens, prevê igualmente a construção de uma oficina geral de manutenção, estação de serviço, central de bombagem de água e bombas de combustível, obras avaliadas em cerca de dois milhões de dólares norte-americanos.
Para o director interino dos Transportes, António Zambo, que representou o governo da província na cerimónia oficial de início da actividade de transportes públicos intermunicipais, com a implementação deste projecto, a população poderá viajar de forma confortável e segura.
Apelou à direcção da referida empresa no sentido de trabalhar de forma organizada, com paragens bem identificadas e definidas, e tratar de forma disciplinada os passageiros.
"Os meios postos à disposição do público deverão ser regularmente revisados e devem levar apenas o número de passageiros correspondente à capacidade estipulada, para garantir melhor segurança".
O sócio gerente da Cruzada JM Lda, Jesus Barros, salientou que à medida que as vias e pontes forem reabilitadas, a empresa lançará as suas actividades para os municípios não contemplados na primeira fase.
Para o funcionário público Helídio Ricardo, "estes autocarros vão ajudar a população a se deslocar de maneira confortável e mais segura, apesar do preço do bilhete de passagem (200 a 250 kwanzas) não diferir muito do valor que os taxistas pedem".
Alexa Sonhi
no Uíje
Jornal de Angola
Dimensão ideológica da educação em Angola apresentada em livro
"A educação em Angola não começou com a presença dos portugueses. As análises históricas feitas neste sentido contrariam esta ideia e demonstram que os povos residentes no país já exerciam esta prática". O pensamento foi apresentado pelo professor universitário Laurindo Vieira no seu primeiro livro "Angola: A dimensão ideológico da educação".
Segundo o autor, apesar dos portugueses terem encontrado povos sem escritas "é de um reducionismo arcaico pensar que as povoações que habitavam em Angola não praticavam a educação".
Lançado na passada sexta-feira no Instituto Superior de Ciências da Educação (Isced) em Luanda, o livro explica que a maioria dos portugueses destacados para Angola eram criminosos exilados, enviados ao país para cumprirem as suas penas.
O professor universitário afirmou que dos vários discursos que o livro apresenta apenas trabalhou em dois, nomeadamente, o político e o sociológico.
Laurindo Vieira explica ainda que o discurso político é o discurso do Estado que fala sobre a expressão das políticas educativas.
Para ele, o discurso sociológico é um discurso de construção e de análise de todos os documentos das políticas educativas. "Os referidos discursos divergem mais do que convergem, pelo facto do discurso sociológico ser um discurso crítico que analisa o porquê das formulações das políticas educativas", explicou.
Laurindo Vieira nasceu em Dange-Quitexe, província do Uíje. É sociólogo, licenciado e mestrado em ciências da educação da Universidade do Porto. Actualmente é professor auxiliar da Universidade Agostinho Neto, colocado no Isced.
Mário Cohen
Jornal de Angola
TPA estende sinal a seis municípios da província
O delegado da Televisão Pública de Angola (TPA) no Uíje, Francisco Fino, anunciou segunda-feira, para antes do final do ano, a extensão do sinal televisivo a mais seis municípios da província.
O responsável fez este anúncio numa cerimónia de entrega de meios técnicos, adquiridos pelo Gabinete Técnico de Gestão dos Projectos de Investimentos Públicos para a província do Uíje.
Na ocasião, enumerou os municípios de Cangola, Quitexe, Maquela do Zombo, Sanza Pombo e Quimbele, como os beneficiários do projecto.
Para a sua concretização, Francisco Fino deu a conhecer que serão adquiridos emissores de 200 watts, torres de difusão de 75 metros e placas de energia solar, num orçamento estimado em três milhões de dólares norte-americanos.
Dos 16 municípios que compõem a província do Uíje, o sinal da TPA chega actualmente às cidades do Uíje e Negage.
A Televisão Pública de Angola (TPA) no Uíje conta, desde segunda-feira, com novos meios de transporte e informáticos.
Dos meios constam quatro viaturas de marca Toyota Hilux, 16 computadores, televisores plasma, um kit de internet, motorizadas, grupos geradores e aparelhos de ar condicionado.
O delegado da TPA no Uíje, Francisco Fino, disse que, com os meios adquiridos, haverá maior desdobramento dos profissionais do referido órgão de informação e, também, o aumento da produção noticiosa.
O vice-governador para a Esfera Económica e Produtiva, Augusto Justino, exortou os beneficiários a conservarem os referidos meios, de forma a prestarem um melhor serviço público.
O coordenador do gabinete técnico de gestão, Abraão Gourgel, reafirmou a intenção da sua instituição em continuar a prestar o necessário apoio para o apetrechamento dos órgãos de comunicação social locais, para que estes possam ter o desempenho que deles se exige.
Cerimónias idênticas vão realizar-se nos próximos dias nos demais órgãos de comunicação social, nomeadamente na Angop e emissora provincial da RNA.
Jornal de Angola
O Secretário executivo nacional dos Partidos Politicos de Oposição civil ( POC ), Manuel Fernando, visitou quarta-feira o município do Negage e Songo, 37 e 40 quilómetros da cidade do Uíge, para instalar o seu secretariado.
Durante a sua estada no Uíge, o Secretário dos POC deverá proceder à inauguração da sede provincial daquela plataforma política e realizará palestras sobre os temas "A importância do voto, perigos da abstenção, os POCs e os desafios eleitorais".
O político, que se faz acompanhar dos presidentes da sua coligação, nomeadamente, PNSA, CDA, PSCA, PPA e PALMA, visitará igualmente o município do Quitexe, a 40 quilómetros ao sul da província do Uíge com o mesmo propósito.
Jornal de Angola